Dr. Fernando Gratão – Psiquiatra

O transtorno bipolar é uma condição psiquiátrica que afeta o humor, a energia e os impulsos, causando oscilações entre fases de euforia ou irritabilidade e fases de depressão.

Diferente das variações normais de humor, na bipolaridade essas alterações são intensas e podem prejudicar a vida pessoal, profissional e social.

O Dr. Fernando Gratão é Psiquiatra Especialista em Transtorno Bipolar

Estudos indicam que um paciente demora, em média, 10 anos para receber o diagnóstico correto de transtorno bipolar. Isso acontece porque, infelizmente, a maioria dos psiquiatras não está preparada para fazer o diagnóstico, muitas vezes confundindo o quadro com depressão recorrente, TDAH ou outras condições.

O resultado? Você fica anos passando por vários médicos e usando antidepressivos sem melhorar de verdade.

Se você busca um especialista em transtorno bipolar e um atendimento humanizado, seguro e baseado nas melhores evidências científicas, o Dr. Fernando Gratão está aqui para te ajudar.

Graduado pela Universidade Federal de Goiás e com residência médica em Psiquiatria pela SES-DF, ele tem experiência no diagnóstico e no tratamento do transtorno bipolar. O compromisso é a estabilização do paciente.

Veja o que dizem os pacientes do Dr. Fernando:

O que é transtorno bipolar?

O transtorno bipolar é um problema de saúde mental que causa oscilações extremas de humor e de energia.

Essas oscilações causam na pessoa períodos de muita euforia e energia (chamados de episódios de mania ou hipomania, dependendo da gravidade) e períodos de profunda tristeza e desânimo (chamados de episódios depressivos).

Essas mudanças de humor afetam a forma como a pessoa pensa, sente e age.

São sintomas da mania e da hipomania:

  • euforia (a pessoa fica mais animada);
  • aumento da energia (vontade de fazer muitas coisas, excesso de planos, trabalhar ou estudar demais);
  • irritabilidade (falta de paciência, “pavio curto”, hostilidade);
  • aceleração (pensar muito, pensar rápido, falar demais);
  • redução da necessidade de sono (a pessoa passa a dormir menos horas por noite);
  • aumento da libido;
  • impulsividade: para comer, consumir substâncias, comprar, apostar, doar/presentear.

transtorno bipolar

São sintomas do episódio depressivo:

  • tristeza intensa;
  • cansaço extremo, sensação do corpo pesado;
  • desânimo, falta de motivação;
  • falta de prazer;
  • aumento ou redução do apetite;
  • sonolência excessiva ou insônia;
  • pensamentos de culpa;
  • sentimentos de inutilidade;
  • pensamentos suicidas.

Existem Quantos Tipos de Transtorno Bipolar?

Segundo o especialista e pesquisador Hagop Akiskal, o transtorno bipolar pode ser compreendido como um espectro, dentro do qual existem vários tipos da doença.

Transtorno Bipolar Tipo I: ao longo da vida a pessoa tem episódios graves de mania, com ou sem episódios depressivos;

Transtorno Bipolar Tipo II: a pessoa obrigatoriamente tem episódios depressivos e de hipomania (um tipo mais leve de mania);

Transtorno Bipolar Tipo III: quando a pessoa tem uma mania induzida pelo uso de antidepressivos, que podem precipitar sintomas maníacos em quem tem predisposição genética para a doença;

Ciclotimia: é como uma “versão mais leve” do transtorno bipolar. A pessoa tem oscilações de humor, mas os altos e baixos não chegam a ser graves o suficiente para serem diagnosticados como mania ou depressão;

Transtorno Bipolar SOE (Sem Outra Especificação): quando a pessoa tem sintomas bipolares, mas eles não se encaixam perfeitamente nas classificações anteriores. Funciona como um diagnóstico provisório, até que se observe melhor a evolução do quadro;

Temperamento Hipertímico: não é um transtorno, é uma característisca da personalidade. São pessoas naturalmente mais animadas, falantes e confiantes. São vistas como “cheias de energia”, pois dormem pouco e têm um ritmo acelerado, mas de forma funcional e estável — não são fases, é o jeito de ser da pessoa.

Qual é o Tipo Mais Grave de Bipolaridade?

O tipo mais grave da doença é o Transtorno Bipolar Tipo I, pois é nele que ocorrem as crises graves de mania, podendo inclusive aparecerem sintomas psicóticos.

Isso acontece quando a pessoa sai da realidade, podendo ter alucinações (ouvir vozes, ver coisas que não existem) e delírios (acreditar em coisas que não são verdade).

Também pode haver muita agressividade. Nesses casos, a pessoa precisa ser internada para fazer o tratamento em segurançaaté sair da crise.

O transtorno bipolar tipo I atinge apenas 1% da população e geralmente se inicia antes dos 20 anos. Mais de 70% desses pacientes tem sintomas psicóticos. O risco de suicídio é de 15%.

Qual é o Tipo Mais Comum de Transtorno Bipolar?

O tipo mais comum de transtorno bipolar é o Tipo II, que atinge cerca de 5% da população.

Nesse tipo da doença, a pessoa costuma ter depressão na maior parte da vida, de forma crônica ou recorrente, com algumas raras crises de hipomania no meio do caminho.

São os pacientes que passam a vida deprimidos, fazendo tratamento psiquiátrico por anos com antidepressivos, sem melhorar.

A maioria dos psiquiatras não é bem treinada para detectar hipomanias, com assim o diagnóstico correto passa batido.

O Que Causa o Transtorno Bipolar?

A bipolaridade tem origem multifatorial, envolvendo vários fatores:

  • Genéticos: a taxa de herança genética para a doença é de cerca de 70%.
  • Neuroquímicos: alterações nos neurotransmissores, como dopamina, serotonina e noradrenalina.
  • Ambientais: traumas na infância e uso de substâncias psicoativas são fortes gatilhos.

Como Saber se Tenho Transtorno Bipolar?


O diagnóstico da bipolaridade é clínico, ou seja, é feito por um psiquiatra com base na conversa com o paciente e na observação dos sintomas e da sua história de vida.

O psiquiatra vai se basear no DSM-5, que é um manual diagnóstico usado no mundo todo. Ele traz os critérios oficiais para diagnosticar transtornos mentais.

O médico vai investigar se a pessoa teve episódios de:

  • mania (ânimo exagerado, energia extrema, ideias grandiosas, impulsividade)
  • hipomania (uma versão mais leve da mania)
  • depressão (tristeza profunda, cansaço, desânimo, pensamentos negativos)

Não existe exame de sangue ou de imagem que comprove o transtorno. Mas eles podem ser pedidos para descartar outras causas.

É Bipolaridade, TDAH ou Borderline?

O Transtorno Bipolar é uma doença do humor. A pessoa tem altos e baixos intensos, com fases de muita euforia (mania) e fases de tristeza profunda (depressão). Essas mudanças acontecem em ciclos e duram dias, semanas ou meses.

O TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) é um problema de atenção e da impulsividade. A pessoa tem dificuldade de se concentrar, é agitada, esquece coisas e age por impulso — mas isso é constante e acontece desde a infância, não são fases.

O Transtorno de Personalidade Borderline é um padrão duradouro de personalidade, marcado por instabilidade emocional, impulsividade e dificuldade nos relacionamentos. As mudanças de humor aqui acontecem por dificuldade da pessoa em se relacionar, por causa do constante medo de ser abandonada.

A Depressão no Transtorno Bipolar é Igual as Outras?

Diferente da depressão que ocorre no transtorno depressivo maior (chamada de unipolar), a depressão bipolar pode ter características próprias, podendo ser uma depressão atípica ou uma depressão mista.

Depressão Atípica

  • Sintomas depressivos
  • Aumento do apetite
  • Sonolência excessiva
  • Sensação de peso no corpo

Depressão Mista

  • Sintomas depressivos
  • Pelo menos 3 sintomas de mania/hipomania juntos (agitação, aumento da energia, impulsividade, etc).

Qual é o Tratamento para o Transtorno Bipolar?

O transtorno bipolar não tem cura, mas com o tratamento correto, é possível prevenir as crises, ter um humor estável e levar uma vida normal e produtiva.

O tratamento do transtorno bipolar é contínuo e individualizado, dividido em duas fases principais:

Fase Aguda

Durante uma crise maníaca ou depressiva, o objetivo é estabilizar os sintomas rapidamente e proteger o paciente. Nessa fase, são utilizados: estabilizadores de humor, antipsicóticos e anticonvulsivantes.

O uso de antidepressivos deve ser criterioso, pois pode piorar o quadro, precipitando mania ou estados mistos.

Só devem ser usados na fase depressiva pura (sem sintomas mistos), sempre em combinação com estabilizadores do humor e por no máximo 3 meses.

Na fase aguda, se a crise depressiva ou de mania for muito grave, com alto risco de suicídio, risco ao paciente ou a terceiros (agressividade) ou presença de sintomas psicóticos, o paciente deve ser hospitalizado.

Fase de Manutenção

Após estabilização da crise, que pode demorar de algumas semanas a meses, o foco é manter a estabilidade e prevenir recaídas. Essa fase do tratamento deve ser contínua, pois a doença é crônica. Ela Inclui:

  • Estabilizadores de humor em uso contínuo
  • Psicoterapia individual
  • Monitoramento de sono, rotina e adesão ao tratamento

É comum ajustes graduais nas doses e combinações de medicações até encontrar o equilíbrio ideal.

Tratamento na Gravidez

O tratamento na gestação exige cuidado redobrado. A interrupção total da medicação pode representar riscos significativos, tanto para a mãe quanto para o bebê, como recaídas graves ou comportamento suicida.

Existem várias medicações que podem ser mantidas com segurança na gestação. Nessa fase, o acompanhamento deve ser mais rigoroso.

Efeitos Colaterais: O Que Fazer?

Os efeitos colaterais variam muito conforme o remédio. Sejam eles quais forem, o mais provável é que ocorram no início do tratamento e passem após 1 a 2 meses.

A maioria passa ou é manejável com alguma medida para resolvê-lo. O seguimento próximo com o psiquiatra é essencial para minimizar desconfortos.

Estilo de Vida e Estabilidade

A estabilidade emocional também depende de hábitos saudáveis. Algumas práticas fundamentais incluem:

  1. Manter uma rotina diária regular
  2. Ter horários fixos para dormir e acordar
  3. Praticar atividade física de forma moderada e consistente
  4. Evitar álcool e drogas
  5. Participar de psicoterapia
  6. Estabelecer uma rede de apoio emocional

Esses cuidados reduzem o risco de recaídas e melhoram significativamente a qualidade de vida.

Perguntas Frequentes

1. O transtorno bipolar tem cura? Não, mas é possível controlar os sintomas com tratamento adequado.

2. Quanto tempo leva para ser diagnosticado? O tempo médio de diagnóstico pode levar anos, pois é comumente confundido com outras condições.

3. Todo mundo com bipolaridade tem episódios graves? Não, algumas formas do transtorno são mais sutis e podem passar despercebidas.

4. O transtorno bipolar é apenas mudanças de humor? Não, envolve alterações profundas no humor, energia e comportamento, afetando a vida do paciente.

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Dr. Fernando Gratão é médico psiquiatra em Goiânia e atende via telemedicina para todo o Brasil.

Quando se procura um psiquiatra, é importante avaliar a formação do profissional. O Dr. Fernando Gratão formou-se em Medicina pela Universidade Federal de Goiás e fez residência médica em Psiquiatria pela SES-DF, em Brasília.

Especialista em transtorno afetivo bipolar, ele tem vasta experiência em casos graves e de difícil tratamento. Já integrou diversos serviços especializados em saúde mental e é membro de grupo de estudo especializado em transtorno bipolar.

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